Bem pertinho de Lisboa, distante
aproximadamente 80km, Óbidos é um destino excelente para um passeio.
A pequena cidade medieval,
cercada por uma muralha, é cheia de Igrejas e casinhas com flores na janela,
deixando o visual ainda mais especial.
As estreitas ruas não permitem
que carros transitem pelo local, existindo vários estacionamentos à volta da
cidade. Como sugestão, parem no estacionamento mais próximo ao centro de
informações, e comecem o trajeto do passeio por ali, passando pela principal porta
de acesso à Vila, a Porta da Vila construída por volta de 1380.
É do próprio estacionamento que
se avista o Aqueduto, importante construção e que se iniciava de um ponto bem
próximo à Porta da Vila.
(parte interna da Porta da Vila)
Passando pela Porta, já se chega
à Rua Direita, que centraliza quase todo o comércio da cidade, com galeria de
arte contemporânea e museu com coleção de arte sacra. Dá para agradar a todos
os gostos.
E não poderia ser diferente: é
também na rua Direita a concentração de venda de Ginja – a Ginjinha de Óbidos,
servida em copinho de chocolate com uma cereja – custa 1€.
Na Praça de Santa Maria fica a
Igreja de Santa Maria, Igreja Matriz da Cidade, e que foi erigida no século
XII. O piso ainda é original, tendo sido feitas melhorias ao longo do tempo,
como o revestimento de azulejos, e as pinturas do teto (século XVI). Embora
tenha sofrido abalos com o terremoto de 1755, não sofreu grandes prejuízos, de
modo que a construção se mantém como desde o início da construção. Há notícias
de que a Igreja de Santa Maria foi uma mesquita.
Seguindo ao final da Rua Direita,
depara-se com a Igreja de Santiago. A antiga Igreja foi transformada em
livraria, o que, no meu modo de pensar, prejudicou a arquitetura. Eu adoro
Igrejas, e o local ficou bagunçado... poderiam manter a originalidade da Igreja
e colocar espaços específicos para
livros.
Bem ao lado da Igreja/livraria
está a entrada para o Castelo de Óbidos. Os visitantes percorrem o local do
paço real, mas não é possível entrar no Castelo. Neste paço ocorre o Mercado Medieval de Óbidos, que acredito ser espetacular (motivo para voltar).
Parte do Castelo foi transformada
em pousada, desde 1950, e abriga também um restaurante (mais fino e mais caro).
Mesmo que não frequente o restaurante, é possível subir até um mirante bem
próximo de sua entrada, permitindo ver a cidade toda (sem subir nas muralhas).
(esta vista foi do alto da muralha)
Já retornando para a entrada
principal, siga pela Rua Nova (Rua do Coronel Pacheco) e chegue até a Porta de
Nossa Senhora da Graça (Porta do Vale – século XII). É mais uma das portas que
permite a entrada para a Vila de Óbidos.
Mais à frente fica o Largo de São
Pedro. Neste estão a Capela de São Martinho e a Igreja de São Pedro. A Capela
me chamou a atenção por ser tumular, possuindo dois túmulos na área exterior,
próxima à construção. Não é permitido entrar, mas é tão pequena que da sua
porta vê-se por completo. Não há pinturas ou imagens.
A Igreja de São Pedro, por sua
vez, muito imponente, foi totalmente reconstruída após o terremoto de 1755. Infelizmente
encontrava-se fechada quando da minha visita.
Com este trajeto é possível
percorrer completamente a cidade, passeando por pequenas ruas, subindo as
muralhas (para os corajosos) e apreciando a Ginjinha de Óbidos.
Saindo das muralhas da Vila siga
até o Santuário do Senhor Jesus da Pedra. Ele está em reforma, e não foi
possível visitar seu interior, mas possui Jesus Cristo entalhado em pedra,
sendo a Igreja uma das principais construções barrocas em Portugal.
Em 2015 a UNESCO atribuiu a
Óbidos o título de Cidade da Literatura. Durante todo o ano há diversos eventos
culturais que deixam a cidade ainda mais rica. Para saber mais, visite o site oficial.
E Você, já conhece Óbidos? Conte para nós sua experiência.
Serviço:
Restaurante Lagar da Mouraria - o prato mais caro era bacalhau, servido por 12,50€. O Paulo, proprietário, é quem recebe e atende aos pedidos, com sorriso no rosto e bom humor.
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